terça-feira, 13 de abril de 2010

HISTÓRIA DO IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE

Declínio e queda do Império Bizantino

A partir do século XI, o império Bizantino voltou a declinar. Entre as diversas razões de seu declínio, podemos citar:
• os enormes gastos militares para defender as fronteiras, ameaçadas pelos sérvios, nos Balcãs, pelos normandos, no sul da Itália, e pelos turcos otomanos , na Síria e na Ásia Menor;
• as violentas disputas pelo poder entre civis e militares;
• a perseguição aos que não seguiam a religião do Império.

Hagia Sophia, Basílica de Santa Sofia, construída em Constantinopla pelo Imperador Justiniano (527 – 565) atual Istambul

Assim aos poucos, o Império Bizantino foi se desintegrando e perdendo prestígio. No século XIV, os turcos otomanos conquistaram a Ásia Menor e a península Balcânica. O Império Bizantino ficou reduzido, então, a uma única cidade: Constantinopla. Em 1453, os turcos otomanos cercaram a capital bizantina por terra e por mar e venceram sua resistência com balas de canhão, armamento moderníssimo naquela época. Era o fim do Império Bizantino. Sob o domínio turco, Constantinopla passou a se chamar Istambul, nome que mantém até hoje. Atualmente Istambul pertence à parte européia da Turquia.

fonte: BOULOS JUNIOR, Alfredo – Coleção História Sociedade e Cidadania


O casamento e a família

No Império romano, a lei civil (…) fixava uma idade mínima para que o casamento fosse realizado: 12 anos para as meninas e 14 anos para os rapazes.
Os casamentos geralmente eram combinados pelas famílias e é curioso perceber a presença de intermediários, agentes matrimoniais que, mediante pagamento, conseguiam “bons partidos” às famílias interessadas e “bons dotes” à família do noivo.
A cerimônia nupcial era solene: o noivo acompanhado por músicos e cantores, buscava a noiva em sua casa e dirigiam-se juntos à igreja, com numerosos acompanhantes, sob uma chuva de rosas e violetas. Na igreja, após a cerimônia religiosa, os noivos eram coroados e trocavam-se as alianças. Em seguida, os noivos e convidados participavam do banquete na casa do noivo. (Homens e mulheres comiam separados para dar sorte.)
O marido era o chefe e protetor da família. (…) Era ele quem deveria manter a família. A mulher vivia principalmente no giniceu, cuidando dos afazeres domésticos e das crianças. Quando era rica, a mulher coordenava uma verdadeira corte de servidores livres, escravos (…). Raramente a mulher casada saía de sua casa; quando o fazia cobria a cabeça com um véu, por exemplo quando se dirigia à igreja ou aos banhos públicos (que tinham horários reservados às mulheres). As mulheres das camadas mais populares não viviam tão reclusas. Algumas trabalhavam fora e havia muitas atrizes, bailarinas, cantoras e flautistas. A mais famosa dessas “artistas” bizantinas foi Teodora, que se tornou imperatriz ao se casar com Justiniano.
Um grande acontecimento para a família bizantina era o nascimento de uma criança, ficando a casa repleta de parentes e amigos. Uma semana após seu nascimento, a criança era levada à igreja por seu padrinho para ser batizada. Era o padrinho quem escolhia o nome da criança, quase sempre o nome de um santo do qual era devoto. O padrinho era, também o tutor legal imediato da criança, na falta do pai.
Império romano do Oriente – Livro do Perfeito, século X
No império bizantino, o governo controlava diretamente toda a vida econômica. Assim o fabrico de tecidos de luxo e de armas, por exemplo era organizado pelo Estado e as atividades comerciais e artesanais estavam rigidamente regulamentadas. O texto a seguir apresenta trechos de um documento que estabelecia regras muito claras para o comércio de seda. Tratava-se de um artigo de luxo que obtinha altos preços no mercado, e o governo bizantino tinha interesse em manter seu comércio sob controle. A seda crua vinha da China por uma longa estrada conhecida como Rota da Seda.
Regras:
• Os mercadores de seda crua não podem exercer qualquer outra profissão, mas têm que praticar a sua publicamente, no lugar para eles estabelecido. […]
• Aqueles que vierem de fora (estrangeiros) para os mitata (albergues) com seda crua não terão de pagar tributos, exceto pela renda e alojamento; da mesma maneira, aqueles que lhes fizerem compras não serão obrigados ao pagamento de impostos.
• Quem quer que esteja para ser admitido [na guilda] (associação de comerciantes) dos mercadores de seda crua deverá obter o testemunho de homens honrados. […]
• Os mercadores de seda crua não devem vender seda por lavar em suas casas, mas no mercado, de maneira que a seda não possa ser enviada secretamente àqueles que estão proibidos de a comprar. […]
• Os mercadores de seda crua não deverão ter licença para fiar a seda, mas apenas para comprar e vender. […]
• Os mercadores de seda crua não deverão vender a seda a judeus ou a [outros] mercadores para revenda fora da cidade.
Livro do Perfeito. In:FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, s.d., 1, p.117.


A prática do comércio, século XIV


O comércio era intenso no Império bizantino. Na costa leste do mar Negro, a cidade de Trebizonda se abria para as caravanas de mercadores que vinham da Ásia. Um pouco mais para oeste, também no mar Negro, a cidade de Quersonéia recebia produtos provenientes do norte da Europa. Já o comércio com as cidades da península Itálica, sobretudo Gênova e Veneza, era feito diretamente em Constantinopla. O texto a seguir faz referência à importância desse comércio.
Direitos que se pagam em Constantinopla, na alfândega do Imperador, pelos gêneros que os mercadores trazem e levam:
Os genoveses e os venezianos têm entrada e saída francas, não pagam nada. […]
Os florentinos, provençais, catalães, sicilianos e todos os outros estrangeiros pagam 2% ao entrar e 2% […] ao partir; são obrigados a pagar ao mesmo tempo a entrada e a saída.
PEGOLOTTI, Francesco Balduci. La pratica della mercatura. In: FREITAS, Gustavo de . 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, s.d., v. I,p. 117-8
O Império se expande
O império romano do Oriente atingiu seu momento de maior grandeza sob o governo de Justiniano (527-565) e de sua mulher, a ex atriz Teodora. Internamente, esse governo reuniu todas as leis do Direito romano no Corpus Juris Civilis ( Corpo de Direito Civil), obra extensa, composta de quatro partes:
• Código de Justiniano:coletânea de toda a legislação romana revisada;
• Digesto: conjunto de pareceres dos magistrados romanos;
• Institutas: livro para estudantes de Direito;
• Novelas: novas leis elaboradas por Justiniano.
O Corpus Juris Civilis é a base dos atuais códigos de Direito.
Externamente, sua grande realização foi tentativa de restaurar a unidade territorial do antigo Império romano, Por isso, mobilizou suas forças militares e conquistou sucessivamente o norte da África, todo o território da península Itálica e parte da península Ibérica. Ao mesmo tempo, o governo de Justiniano estabeleceu acordos com os governantes do Império persa sassânida, aos quais passou a pagar impostos para que as tropas persas não atacassem Constantinopla.

A Revolta de Nika

Tão logo chegou ao poder, em 527, Justiniano começou a pôr em prática seu plano de restaurar o antigo Império romano em toda a sua extensão. Para isso, fortificou as fronteiras de seu próprio império e reequipou o exército, preparando-o para as conquistas que estavam por vir. Ora, esses preparativos exigiam recursos. Para obtê-los, o imperador aumentou os impostos e criou novas taxas a serem pagas pela população, provocando forte descontentamento.
O hipódromo de Constantinopla atraía milhares de pessoas não só por servir à diversão, mas também porque lá se distribuía comida gratuitamente ao público, como no Coliseu em Roma. No segundo domingo de janeiro de 532, o hipódromo estava lotado. Sua capacidade era para 60 mil pessoas. O público acompanhava a corrida dividido em duas grandes torcidas: uma apoiava os Verdes e a outra, os Azuis. Estes eram os nomes dos dois principais partidos políticos da cidade. Ambos exibiam suas bandeiras e ensaiavam seus hinos. O imperador também estava presente. Ele e a imperatriz Teodora eram torcedores dos Azuis.
Torcer contra o time do imperador era uma forma de oposição política. Não se sabe bem por que, ao final de uma das corridas, os Verdes aproveitaram para fazer uma série de reclamações ao imperador. Reclamavam, sobretudo, do abuso de autoridade por parte dos funcionários do governo e dos impostos elevados.
O imperador tentou contornar a situação, mas não foi feliz: a população, aos gritos de Nika! Nika! (Vitória! Vitória!), marchou sobre o palácio imperial. Travaram-se então combates sangrentos entre os soldados e as forças populares, e vários edifícios foram queimados.
Vendo-se ameaçado, Justiniano decidiu fugir levando consigo as riquezas do tesouro imperial. Contam que, naquele momento, Teodora convenceu-o a voltar. Justiniano voltou e ordenou ao general Belisário que reprimisse o movimento. A repressão foi brutal: milhares de rebeldes alojados no hipódromo foram cercados e mortos. Era o fim da revolta popular de Nika.
Com a morte de Justiniano, em 565. o império bizantino entrou em um período de longo declínio. No começo do século VII, algumas de suas províncias, como a Síria, a Palestina e o Egito, foram ocupadas pelos persas. Mas a partir de 636 eles seriam ocupados por um novo inimigo os árabes mulçumanos, que também conquistariam o norte da África e a península Ibérica.
Mais tarde, os bizantinos foram expulsos também da península Itálica, que passou o controle de outros povos. Em 1204, uma cruzada financiada pela cidade de Veneza, na península Itálica, invadiu Constantinopla e saqueou boa parte de seus tesouros. E, 1453, finalmente, a cidade foi ocupada pelos turcos-otomanos, seguidores do islamismo, depois de um cerco que durou quase dois meses. Era o fim do Império romano do Oriente.

Constantinopla

Constantino, que governou entre 313 e 337, chamou-a de Nova Roma e para lá transferiu a sede do Império romano. A cidade, entretanto logo passou a ser chamada de Constantinopla, em homenagem a seu criador. Constantino morreu em 337 e seus sucessores trouxeram de volta a capital do Império para a península Itálica. Em 395, o Imperador Teodósio, às vésperas da morte, dividiu o Império em duas partes e entregou-as a seus filhos, Honório e Arcádio.
Ao primeiro coube o Império romano do Ocidente, com sede em Milão e depois em Ravena. Ao segundo, o Império romano do Oriente, que passou a ser chamado de Império bizantino a partir do século XIV. Séculos depois, Constantinopla, a capital, foi rebatizada com o nome de Istambul, que conserva até hoje.

Cidade de Istambul na Turquia (hoje)

Menos de um século depois da morte de Teodósio, o Império do Ocidente desmoronou. Em contrapartida o Império do Oriente se manteve relativamente estável e chegou a se expandir entre 527 e 565. Durante o século VII, sob o governo de Heráclito (610-641), o latim foi oficialmente substituído pelo grego como língua oficial do Império romano do Oriente. Com tudo isso, o título latino de “Augusto” dado ao imperador foi substituído por “basileu” que em grego significa ‘rei’.
A fama de Constantinopla devia-se principalmente ao seu intenso comércio. A cidade era o ponto de encontro de pessoas e mercadorias de várias partes do mundo. Conhecida como “Porta do Oriente”, recebia da China a seda. De outras partes do Oriente, como a Índia e o Ceilão, vinham as famosas especiarias (cravo, mostarda, noz-moscada, pimenta-do-reino) e os artigos de luxo. Esses produtos todos mais os brocados ( ricos tecidos de seda), as jóias e as imagens religiosas – artigos fabricados pelos artesãos bizantinos, eram exportados para o Ocidente com grande lucro.
Constantinopla foi a cidade da Europa medieval que melhor impressionou os viajantes do Ocidente.
Constantinopla se tornou conhecida também pela diversidade de povos e culturas que abrigava. Ali falava-se grego, mas nas ruas era comum se ouvir árabe, aramaico, hebraico, persa e outras línguas.
A capital do Império era também importante centro financeiro. Com freqüência, hospedava grande número de estrangeiros que vinham trocar suas moedas pela moeda de ouro bizantina. O império possuía também outras cidades prósperas, como, por exemplo, Alexandria.

Um poder absoluto

No Império bizantino, o poder do imperador era praticamente ilimitado. Segundo a crença da época, esse poder lhe havia sido concedido diretamente por Deus. Não havia separação entre o Estado e a igreja cristã. Embora a figura principal da Igreja fosse o patriarca, que era o cargo mais alto da igreja de Constantinopla, o imperador era seu sumo sacerdote e podia interferir em assuntos religiosos e até nomear o patriarca, a escolha devia ser feita a partir de uma lista tríplice proposta pelos bispos. Mas às vezes, o imperador recusava os três nomes apresentados e indicava uma quarta pessoa, por ser ela de sua inteira confiança. O patriarca além de ser a maior autoridade depois do imperador, era também auxiliar e conselheiro do governo. Por isso se diz que o Império Bizantino era uma teocracia – do grego theo (Deus), kratia (governo). Para os bizantinos, a autoridade, vinda de Deus, devia ser exercida pelo imperador na Terra. Esse tipo de organização do poder, no qual a autoridade política e a autoridade religiosa eram exercidas pelo imperador, ficaria conhecido mais tarde como cesaripapismo ou cesaropapismo.
No império bizantino, os ícones (imagens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) tinham papel importante: serviam como estímulo para a devoção Os principais fabricantes de ícones eram os monges.
Em 726, o imperador Leão III, descontente com o crescente prestígio e riqueza dos monges, negou a validade dos ícones e mandou destruir a imagem de Cristo sobre o portão do seu palácio. Isto gerou violenta reação popular, que deixou mortos e feridos. Mesmo assim, o imperador proibiu o culto às imagens sagradas e a presença destas nas igrejas. Por isso o imperador e seus seguidores ficaram conhecidos como iconoclastas, aqueles que negam o valor religioso dos ícones.
A proibição do imperador atingiu fortemente os monges, os maiores fabricantes de ícones. Os monges reagiram liderando revoltas populares contra o império. O imperador, por sua vez, passou a perseguir os veneradores de imagens, sobretudo os monges; vários mosteiros foram demolidos, e seus habitantes presos ou mortos. O papa Gregório III interveio na disputa excomungando os iconoclastas. Depois de vários conflitos, a imperatriz Irene restabeleceu o culto às imagens, diminuindo as tensões.
O poder dos imperadores bizantinos sobre assuntos religiosos não era visto com bons olhos pelo papa, chefe da igreja de Roma. Assim pouco a pouco, as igrejas de Roma e de Constantinopla, que antes faziam parte de uma única instituição, foram se afastando uma da outra. Em 1054, o patriarca de Constantinopla rejeitou a supremacia do papa. Em represália, o papa o excomungou. A separação, conhecida como Grande Cisma ou Cisma do Oriente, tornou-se definitiva. Surgiram, então duas igrejas independentes: a igreja cristã do Oriente, mais conhecida como Igreja Ortodoxa, e a Igreja católica apostólica romana.
Na época, o cristianismo dos bizantinos já tinha se diferenciado bastante do que se praticava no Ocidente: a língua da missa era o grego, os rituais apelavam aos sentimentos, e não se aceitava a idéia da existência do purgatório. Este cristianismo peculiar foi se expandindo junto com as fronteiras do império: os bizantinos conseguiram converter alguns povos eslavos, como os russos e os húngaros, ao cristianismo.

Cristo Cura dois Homens Cego. Arte Bizantina, Séc. VI

A arte bizantina também é fortemente marcada pela religião. Por isso não é de se estranhar que a decoração das igrejas bizantinas retrate figuras e passagens da Bíblia na forma de pinturas e mosaicos.
Os bizantinos usavam a técnica de mosaicos para decorar o interior das igrejas. As figuras dos mosaicos são feitas de modo a serem imediatamente reconhecíveis quando vistas à distância. Por isso, só quando nos aproximamos deles é que ficam evidentes as pedrinhas ou vidrinhos usados na sua elaboração. Embora as figuras dos mosaicos pareçam bem simples, a sua construção exige planejamento prévio e paciência.
Os mosaicos tinham o objetivo de envolver o fiel em um clima de religiosidade e de tornar as passagens bíblicas conhecidas mesmo por aqueles que não sabiam ler.

Detalhe de mosaico bizantino (547-548) da Igreja de San Vitale, em Ravena, Itália, que mostra Justiniano, imperador do Império romano do Oriente (círculo de luz) em torno de sua cabeça era uma forma de representação que reforçava a crença bizantina na divindade do imperador

fonte: BOULOS JUNIOR, Alfredo. coleção História Sociedade & Cidadania. p.36-7.- vol. II. - CARDOSO, Oldimar. coleção Tudo é História.

O império romano do Oriente – Cronologia
(395 – 1453)


Em 476, as tropas romanas de Odoacro, rei dos hérulos, depuseram em Ravena o último imperador romano. Era o fim do Império criado por Augusto? Sim, mas só de sua parte ocidental. No Oriente o Império ainda sobreviveria por cerca de mil anos.
Esse Estado oriental com um pé na Europa ficou conhecido como Império romano do Oriente e depois Império bizantino, nome derivado de Bizâncio, cidade construída no século VII a.C. pelos antigos gregos às margens do estreito de Bósforo, entre o mar Negro e o mar de Mármara.
Em 330 o imperador inaugurou ali a cidade de Constantinopla, seria a capital do Império romano do Oriente.
• 330 O imperador Constantino inaugura a cidade de Nova Roma, que logo passará a ser chamada de Constantinopla.
• 527 Tem início o governo Justiniano, durante o qual o Império bizantino chegará ao apogeu.
• 565 Fim do governo Justiniano.
• 610 Sob o governo de Heráclito, o grego torna-se a língua oficial do Império romano do Oriente.
• 632 Tem início a expansão árabe-mulçumana.
• 641 Depois de ocupar a Síria, os árabes dão início à conquista do norte da África.
• 1054 A igreja cristã ortodoxa separa-se da Igreja católica apostólica romana.
• 1453 Constantinopla cai nas mãos dos turcos-otomano.



Teodora, mulher de Justiniano e imperatriz de Constantinopla, juntamente com seu séquito. Mosaico bizantino da Igreja de San Vitale, em Ravena na Itália atual.

HISTÓRIA DOS MESES DO ANO

Origem dos nomes dos meses do ano (janeiro a junho)

Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano em períodos nomeados de acordo com seus deuses. Os romanos adaptaram essa estrutura. De acordo com alguns pensadores, como Plutarco (45-125), no princípio dessa civilização o ano tinha dez meses e começava por Martius (março). Os outros dois teriam sido acrescentados por Numa Pompilho, o segundo rei de Roma, que governou por volta de 700 a.C.

Os romanos não davam nome apenas para os meses, mas também para alguns dias especiais. O primeiro de cada mês se chamava Calendae e significava “dia de pagar as contas” – daí a origem da palavra calendário, “livro de contas”. Idus marcava o meio do mês, e Nonae correspondia ao nono dia antes de Idus. E essa era apenas uma das diversas confusões da folhinha romana.

Folhinha Milenar

Janeiro: Januarius era uma homenagem ao deus Jano, o senhor dos solstícios, encarregado de iniciar o inverno e o verão. Seu nome vem daí: ianitor quer dizer porteiro, aquele que comanda as portas dos ciclos de tempo.

Fevereiro: O nome se referia a um rito de purificação que em latim se chamava februa. Logo, Februarius era o mês de realizar essa cerimônia. Nesse período, os romanos faziam oferendas e sacrifícios de animais aos deuses do panteão, pra que a primavera vindoura trouxesse bonança.

Porque 28 dias?

Até 27 a.C., fevereiro tinha 29 dias. Quando o Senado criou o mês de agosto para homenagear Augusto, surgiu um problema: julho, o mês de Júlio César, tinha 31 dias, e o do Imperador só 30. Então o Senado tirou mais um dia de fevereiro.

Março: Dedicado a Marte, o deus da guerra. A homenagem, porém, tinha outra motivação, bem menos beligerante. Como Marte também regia a geração da vida. Martius era o mês da semeadura nos campos.

Abril: Pode ter surgido para celebrar a deusa do amor, Vênus. No primeiro dia do mês, as mulheres dançavam com coroas de flores. Outra hipótese é a de que Aprillis tenha se originado de aperio, “abrir” em latim. Seria a época do desabrochar da primavera.

Maio: Homenagem a Maia, uma das deusas da primavera. Seu filho era o deus Mercúrio, pai da medicina e das ciências ocultas. Por esse motivo segundo escreveu Ovídio na obra Fastos. Maius era chamado de “o mês do conhecimento”.

Junho: Faz alusão a Juno, a esposa de Júpiter. Se havia uma entidade poderosa no panteão romano, era ela, a guardiã do casamento e do bem-estar de todas as mulheres.

fonte: revista Aventuras na História. ed. 70. maio de 2009. (almanaque)

HISTÓRIA DOS MESES DO ANO

Origem dos nomes dos meses do ano (julho a dezembro)

Até Júlio César (100 a.C-46 a.C.) reformar o calendário local, os meses eram lunares (sincronizados com o movimento da lua, como hoje acontece em países muçulmanos), mas as festas em homenagem aos deuses permaneciam designadas pelas estações.

O descompasso, de dez dias por ano fazia com que, em todos os triênios, um décimo terceiro mês, Intercalaris, tivesse que ser enxertado.

Com a ajuda de matemáticos do Egito emprestados por Cleópatra, Júlio César acabou com a bagunça ao estabelecer o seguinte calendário solar: Januarius, Februarius, Martius, Aprillis, Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September, October, November e December. Quase igual ao nosso, com as diferenças de que Quinctilis e Sextilis deram origem aos meses de julho e agosto.

Julho: Chamava-se Quinctilis e era simplesmente o nome do quinto mês do antigo calendário romano. Até que, em 44 a.C, o Senado romano mudou o nome para Julius, em homenagem a Júlio César.

Agosto: Antes era Sextilis, “o sexto mês”. De acordo com o historiador Suetônio, o nome Augustus foi adotado em 27 a.C., em homenagem ao primeiro imperador romano. César Augusto (63 a.C.-14 d.C.).

Setembro a Dezembro: para os últimos quatro meses do ano, a explicação é simples: setembro vem de Septem, que em latim significa “sete”. Era, portanto, o sétimo mês do calendário antigo. A mesma lógica se repete até o fim do ano. Outubro veio de October (oitavo mes, de octo), novembro de November (nono mês, de novem, e data do Ludi Plebeil, um festival em homenagem a Júpiter) e dezembro de December (décimo mês, de decem).

Ano Bissexto

Dia extra a cada quatro anos corrige distorção:

Ao adotar o calendário solar, em 44 a.C., Júlio César criou o ano de 365 dias e um quarto. Por causa dessa diferença a cada quatro anos era necessário atualizar as horas acumuladas com um dia extra. O problema do calendário juliano é que, na verdade, um ano tem 11 minutos e 14 segundos menos do que se estimava. Por isso, em 1582, o papa Gregório XIII (1502-1585) anulou dez dias do calendário e determinou que, dos anos terminados em 00, só seriam bissextos os divisíveis por 400. E o nome “bisexto” tem uma explicação curiosa: em Roma celebrava-se o dia extra no sexto dia de março, que era contado duas vezes.

fonte: revista Aventuras na História. ed. 70. maio 2009. (almanaque)

HISTÓRIA DA MATEMÁTICA E SUA EVOLUÇÃO

História da Matemática
Os gregos e o infinito, Cálculos Matemáticos, Complicar para simplificar, método científico, Revolução matemática , história da matemática, áreas da Matemática.
O Ábaco é um dos primeiros sistemas de cálculos



Introdução

A matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a antiguidade, o homem utiliza a matemática para facilitar a vida e organizar a sociedade. A matemática foi usada pelos egípcios nas construção de pirâmides, diques, canais de irrigação e estudos de astronomia. Os gregos antigos também desenvolveram vários conceitos matemáticos. Atualmente, esta ciência está presente em várias áreas da sociedade como, por exemplo, arquitetura, informática, medicina, física, química etc. Podemos dizer, que em tudo que olhamos existe a matemática.

Abaixo, um pequeno histórico da evolução histórica da matemática :

4000 a.C. - Na Mesopotâmia, os sumérios desenvolvem um dos primeiros sistemas numéricos, composto de 60 símbolos.
520 a.C. - O matemático grego Eudoxo de Cnido define e explica os números irracionais.
300 a.C. - Euclídes desenvolve teoremas e sintetiza diversos conhecimentos sobre geometria. É o início da Geometria Euclidiana.
250 - Diofante estuda e desenvolve diversos conceitos sobre álgebra.
500 - Surte na Índia um símbolo para especificar o algarismo zero.
1202 - Na Itália, o matemático Leonardo Fibonacci começa a utilizar os algarismo arábicos.
1551 - Aparece o estudo da trigonometria, facilitando em pleno Renascimento Científico, o estudo dos astros.
1591 - O francês François Viète começa a representar as equações matemáticas, utilizando letras do alfabeto.
1614 - O escocês John Napier publica a primeira tábua de algorítimos.
1637 - O filósofo, físico e matemático francês René Descartes desenvolve uma nova disciplina matemática : a geometria analítica, com a misitura de álgebra e geometria.
1654 - Os matemáticos franceses Pierre de Fermat e Blaise Pascal desenvolvem estudos sobre o cálculo de probabilidade.
1669 - O físico e matemático inglês Isaac Newton desenvolve o cálculo diferencial e integral.
1685 - O inglês John Wallis cria os números imaginários.
1744 - O suíço Leonard Euler desenvolve estudos sobre os números transcendentais.
1822 - A criação da geometria projetiva é desenvolvida pelo francês Jean Victor Poncelet.
1824 - O norueguês Niels Henrik Abel conclui que é impossível resolver as equações de quinto grau.
1826 - O matemático russo Nicolai Ivanovich Lobachevsky desenvolve a geometria não euclidiana.
1931 - Kurt Gödel, matemático alemão, comprova que em sistemas matemáticos existem teoremas que não podem ser provados nem desmentidos.
1977 - O matemático norte-americano Robert Stetson Shaw faz estudos e desenvolve conhecimentos sobre A Teoria do Caos.
1993 - O matemático inglês Andrew Wiles consegue provar através de pesquisas e estudos o último teorema de Fermat.

Principais áreas da Matemática:

- Aritmética
- Álgebra
- Geometria
- Geometria Analítica
- Porcentagem
- Trigonometria
- Estatística
- Educação Matemática

sexta-feira, 2 de abril de 2010

CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA FRIA

EMENDA PLATT: UM RANCOR DE 109 ANOS.

A chamada Emenda Platt foi um dispositivo legal, inserido na Carta Constitucional de Cuba, que autorizava os Estados Unidos da América a intervir naquele país a qualquer momento em que interesses recíprocos de ambos os países fossem ameaçados. Desta forma, na prática, Cuba passou a ser um protetorado estado-unidense.
Muitos historiadores afirmam que, já em meados do século XIX, o senador estado-unidense James Bayard Jr. teria declarado que os interesses futuros, não apenas dos Estados Unidos, mas da civilização e do progresso humanos, estavam profundamente envolvidos na aquisição de Cuba pelos Estados Unidos.
Ao final da Guerra de Independência de Cuba, contra a Espanha, em 1898, os Estados Unidos envolveram-se no conflito, sob o pretexto de um suposto ataque contra um de seus navios de guerra, ancorado na ilha. A vitória sobre as forças espanholas foi rápida, mas os Estados Unidos mantiveram o seu aparato militar na ilha, pretextando a defesa de seus interesses, ao mesmo tempo em que a Constituição da nova nação era elaborada.
Em 1880 os cubanos foram persuadidos a incluir, em sua nova Constituição, uma Cláusula que garantia aos Estados Unidos o direito de intervenção em Cuba, sempre que os interesses dos primeiros estivessem ameaçados, mesmo após o término de sua ocupação militar, a ocorrer em 1902.
O dispositivo exemplifica, na prática, a aplicação da chamada Política do Big Stick (na qual usava a força do exército para resolver problemas em um de seus estados), formulada pelo presidente estadunidense Theodore Roosevelt.
Nos anos seguintes, os investimentos estadunidenses na ilha ampliaram-se consideravelmente, fomentando a produção açucareira e os setores de transporte, serviços e de turismo.
A Emenda Platt mantinha Cuba como um "protetorado" estadunidense até 1933, quando um movimento popular conduziu ao poder Fulgêncio Batista, soldado e ditador, que governou Cuba duas vezes, de 1933 a 1944, período em que exerceu um governo forte e eficiente, e novamente de 1952 a 1959, apoiado pelos EUA, quando tornou-se ditador, encarcerando seus oponentes, usando métodos terroristas e fazendo fortuna para si e para seus aliados.
Fidel Castro considera que: "a Emenda Platt e o colonialismo econômico que ela trouxe à ilha foi uma das causas da revolução de 1959; a Revolução foi produto do domínio imperial."

Sugestões bibliográficas
*Cuba: uma nova história, Richard Gott, Editora Jorge Zahar, 2006.
*História da América Latina, Halperin Donghi, Círculo do Livro/Editora Paz e Terra, s/d. *América Latina - estruturas sociais e instituições políticas, Jacques Lambert, Companhia Editora Nacional, 1972.
*Era dos extremos - o breve século XX (1914-1991), Eric Hobsbawm, Editora Cia. das Letras, 1995.

A HISTÓRIA DA INVENÇÃO DA ESCRITA

A ORIGEM DA ESCRITA


A escrita é uma tecnologia de comunicação, criada e desenvolvida historicamente nas sociedades humanas, que consiste em marcas num suporte significando palavras ou ideias.
Mesmo que, habitualmente, a função central atribuída à escrita seja a de registro de informações, não se pode negar sua relevância para a difusão de informações e a construção de conhecimentos. O avanço das novas tecnologias e as interações entre diferentes suportes (por exemplo, papel, tela) e linguagens (verbal ou não verbal) têm permitido, inclusive, o aparecimento de formas coletivas de construção de textos.

O(s) instrumento(s) usados para se escrever e os suportes em que ela é registrada podem, em princípio, ser infinitos. Embora, tradicionalmente, conceba-se que a escrita tem durabilidade enquanto a fala seria mais "volátil", os instrumentos, suportes, formas de circulação, bem como a função comunicativa do texto escrito, são determinantes para sua durabilidade ou não.
Na maioria das vezes, a intenção da escrita é a produção de textos que serão alvos da atividade de leitura.

Origem da escrita

Acredita-se que a escrita tenha se originado a partir dos simples desenhos de ideogramas: por exemplo, o desenho de uma maçã a representaria, e um desenho de duas pernas poderia representar tanto o conceito de andar como de ficar em pé. A partir daí os símbolos tornaram-se mais abstratos, terminando por evoluir em símbolos sem aparente relação aos caracteres originais. Por exemplo, a letra M em português na verdade vem de um hieróglifo egípcio que retratava ondas na água e representava o mesmo som. A palavra egípcia para água contém uma única consoante: /m/. Aquela figura, portanto,veio representar não somente a idéia de água, mas também o som /m/.Um processo simbólico que possibilitou ao homem expandir a mensagem para muito além do tempo e do espaço de propagação dela, criando mensagens que se manteriam inalteradas por séculos e que poderiam ser proferidas a quilômetros de distância.

Desenvolvimento e evolução


A escrita se desenvolveu de forma independente em várias regiões do planeta, incluindo o Oriente Médio, o Japão, o vale do rio Indo (atual Paquistão), a América Central e a bacia oriental do mar Mediterrâneo.
Os sistemas de escrita evoluíram de forma autônoma e não sofreram influências mútuas. As escritas mais antigas são a escrita cuneiforme e os hieróglifos, ambos sistemas de escrita criados há cerca de 6 mil anos. Os hieróglifos originaram-se no Antigo Egito e a escrita cuneiforme na Mesopotâmia (atual Iraque).
Os mais antigos documentos que sobreviveram são rótulos (em potes de alimentos), listas de plantas, animais, deuses e reis. A escrita monumental com o nome de um soberano - como nas enormes lajes de pedra da América Central - indicava seu status e realçava seu poder.
Em geral, a escrita e a sua interpretação ficavam restritas as camadas sociais dominantes: aos sacerdotes e à nobreza.

O surgimento da escrita
Uma das principais conseqüências do surgimento das cidades e dos Estados foi a escrita, criada por volta de 3200 a.C. Vários são os fatores que explicam o nascimento da escrita: a necessidade de contabilizar os produtos comercializados, os impostos arrecadados e os funcionários do Estado; o levantamento da estrutura das obras, que exigira a criação de um sistema de sinais numéricos, para a realização dos cálculos geométricos.
Com a escrita, o ser humano criou uma forma de registrar suas idéias e de se comunicar. A linguagem escrita é especial porque permite que a vida que levamos hoje seja conhecida pelas gerações que virão depois de nós.
Os primeiros povos a utilizarem a escrita foram os da mesopotâmia, com a escrita cuneiforme e de seguida os egípcios, com o hieróglifo, e, mais tarde, o hierático.

Tipos de escrita

Escrever com o intento de se comunicar tem sido observado em espécies que não são do gênero humano. Pesquisas com bonobos Kanzi (um tipo de chipanzé pigmeu do Zaire) e Panbanisha nos Estados Unidos proporcionaram tais exemplos, apesar de raros. A origem da escrita bonobo, todavia, parece ser análoga àquela da escrita humana.
A escrita que mescla significado e transcrição se chama escrita constrita. Às vezes escreve-se a mensagem em tinta invisível, que pode, mais tarde, ser decodificada, se a mensagem tiver o intuito de permanecer em segredo, apenas disponível ao(s) recipiente(s). A idéia está intimamente ligada ao conceito de encodificação presente na informática, onde dados são enviados em segredo através da arte da criptografia, e apenas o destinatário tem a chave para fazer conhecer o conteúdo da mensagem (como, por exemplo, o uso de cartões de crédito, cujos dados são criptografados para maior segurança, ao se fazer uma compra online).
Em raras ocasiões a escrita é usada para se referir à criação de marcas usando-se de vários métodos, como a escrita indecifrável (um tipo de surautomatismo) desenvolvida pelos surrealistas romenos. A escrita indecifrável na verdade aproxima-se mais do que seria normalmente descrito como desenho ou pintura do que como escrita.

Importância da escrita

Geralmente a linha divisória entre a pré-história e a história é atribuída ao tempo em que surgiram os registros escritos. A importância da escrita para a história e para a conservação de registros vem do fato de que estes permitem o armazenamento e a propagação de informações não só entre indivíduos (privilégio também da linguagem), mas também por gerações.

A HISTÓRIA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A importância da ressurreição de Cristo

Da época dos profetas de antigamente até o Novo Testamento, a palavra de Deus fala da ressurreição do Cristo.

Com um relato completo da palavra inspirada de Deus, junto com a visão histórica que os homens escreveram, parece que seria impossível a humanidade negar a ressurreição do nosso Senhor. Ainda assim há aqueles que negam este fato.

Éigualmente alarmante saber que há muitas pessoas que acreditam na ressurreição mas falham em perceber a sua importância.

As provas da morte de Cristo

Para provar que Cristo voltou da morte é necessário repararmos primeiro que ele morreu e foi enterrado. Oferecemos a prova de sua morte porque há alguns que diriam que ele estava apenas inconsciente ou num transe. Marcos 15:37 diz que Jesus clamou em alta voz e entregou o seu espírito. Continue lendo neste mesmo capítulo, e você reparará nos versículos 43 e 45 que José veio pedindo o corpo de Cristo. Também verá que Pilatos se assegurou de que Cristo estava morto. João 19:31-34 relata que, por causa da preparação do sábado para os judeus, Pilatos fez com que quebrassem as pernas daqueles que foram crucificados, para que a morte viesse rapidamente. Contudo, quando chegaram em Jesus viram que ele já estava morto.

Outra evidência é dada em relação a sua morte quando um soldado cortou o lado de Jesus com uma lança e saiu sangue e água. Homens estudiosos dizem que, quando se morre, há uma separação entre o sangue e a água nas veias conforme o sangue coagula ou engrossa. Isso, então, deveria ser prova suficiente de que o nosso Senhor verdadeiramente morreu. Se Cristo não tivesse morrido é uma outra lição, mas uma coisa é certa: se Cristo não morreu, ainda estamos sujeitos à velha lei (Hebreus 9:15-16).

As provas da ressurreição de Cristo

Sim, Cristo morreu. Pelo que você sabe, ele morreu em vão? Se, até então, você não reconheceu a importância da morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo, confio que descobriremos neste estudo da palavra de Deus aquelas verdades que causarão sua chegada mais perto de um relacionamento com Cristo.

Eu te peço que leia cuidadosamente a história da morte, do sepultamento e da ressurreição do nosso Cristo como dado nos quatro relatos do evangelho: Mateus 27:22-66; 28:1-10; Marcos 15:16-45; 16:1-14; Lucas 23:21-56; 24:1-53; João 20:13. Também leia e considere 1 Coríntios 15. Estaremos nos referindo a estas Escrituras no resto deste estudo.

Tendo lido as referências acima, pode-se ver a prova da ressurreição. Queremos trazer alguns fatos novos, para que não esqueçamos como a ressurreição foi bem estabelecida. Em 1 Coríntios 15:4-8, aprendemos que ele se ressuscitou no terceiro dia. Ele foi visto por Cefas, pelos doze, por 500 irmãos de uma vez só, por Tiago, depois por todos os apóstolos. Por último ele foi visto por Paulo, como um nascido fora de época. Este relato vem de homens inspirados por Deus.

Reconhecemos que o homem tem uma grande confiança na história que foi escrita, então notemos o que alguns historiadores tem escrito:

Edersheim: “A ressurreição de Cristo pode sem hesitação ser chamado do fato melhor estabelecido da história.”

Ewald: “Nada é mais certa historicamente do que Jesus se ressuscitou da morte e apareceu novamente a seus seguidores.”

John A. Brodus: “Se não sabemos que Jesus o Nazareno se ressuscitou da morte, não sabemos nada na história.”

Eu tenho certeza de que temos provas adequadas da ressurreição do Cristo.

O propósito da ressurreição

A pergunta vem às nossas mentes: “O que foi conseguido através da ressurreição de Cristo?” Acredito que podemos responder esta pergunta em termos bíblicos simples e, ao mesmo tempo, começar a mostrar a importância da ressurreição de Cristo.

O primeiro ponto que queremos notar é o cumprimento das profecias. Alguns acusaram Cristo de tentar destruir a lei e os profetas; mas Cristo disse que ele não vinha destruir, mas cumprir (Mateus 5:17). O profeta Isaías profetizou a respeito das coisas que Cristo sofreria e porque ele as sofreria quase 750 anos antes de ocorrerem. A palavra de Isaías e outras profecias em relação à ressurreição foram cumpridas (Isaías 50:6; 53:5).

Cristo, como ele viveu, foi capaz de agüentar a tentação e viver acima do pecado (1 Pedro 2:22-23). Assim, ele superou o pecado na carne. O pecado, ao chegar neste mundo, trouxe a morte (Romanos 5:12). Quando Cristo foi crucificado ele teve que superar este obstáculo. Ele foi colocado no túmulo e no terceiro dia voltou, conquistando a morte. Ele demonstrou que nenhuma força na terra poderia impedi-lo de conquistar a morte (1 Coríntios 15:26).

Quando a ressurreição estava completa, aprendemos do escritor hebreu (Hebreus 5:8-9) que Cristo se tornou perfeito e se tornou autor da vida eterna. Através de um homem, o pecado entrou no mundo e por um homem uma saída foi aberta para todos os que seguiriam o autor da salvação (Romanos 5:19, 1 Coríntios 15:21). Aprendemos, também, que renovou a esperança dos apóstolos, como também nos dá esperança da ressurreição (1 Coríntios 15:22-23).

Resumo

Como a ressurreição nos afeta?

ŒA Semente morreu e nos trouxe vida através da ressurreição (João 12:23-24; 1 Coríntios 15:35-38,42-43).

�Através da morte de Cristo, o Novo Testamento teve efeito (Hebreus 9:15-18).

ŽAtravés dos fatos da sua ressurreição a nossa fé é fortalecida (1 Coríntios 15:55-57, 1 Tessalonicenses 4:14-17).

�Assim, Cristo é grande para nós, não como um governante terrestre, mas como um governante espiritual nos oferecendo a redenção (Colossenses 1:14).

A grandeza de Cristo foi mais de que uma vida, pois a sua grandeza verdadeiramente vem de poder dar a vida através da ressurreição. Um plano para redimir o homem é construído nestes fatos e devemos nos aproveitar disso enquanto vivemos. O plano é dado em Romanos 6:1-23: Deixamos morrer o velho homem, o sepultando com Cristo, voltando na novidade da vida para vivermos seguindo o Espírito para sermos os servos de Deus.

A ressurreição de Cristo é importante!

A HISTÓRIA DO CRISTIANISMO

A breve História do Cristianismo


O cristianismo é uma das chamadas grandes religiões. Tem aproximadamente 1,9 bilhão de seguidores em todo o mundo, incluindo católicos, ortodoxos e protestantes. Cristianismo vem da palavra Cristo, que significa messias, pessoa consagrada, ungida. Do hebraico mashiah (o salvador) foi traduzida para o grego como khristos e para o latim como christus.
A doutrina do cristianismo baseia-se na crença de que todo o ser humano é eterno, a exemplo de Cristo, que ressuscitou após sua morte. A fé cristã ensina que a vida presente é uma caminhada e que a morte é uma passagem para uma vida eterna e feliz para todos os que seguirem os ensinamentos de Cristo.
Os ensinamentos estão contidos exclusivamente na Bíblia, dividida entre o Antigo e o Novo Testamento.
O Antigo Testamento trata da lei judaica, ou Torah. Começa com relatos da criação e é todo permeado pela promessa de que Deus, revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas enviaria à Terra seu próprio filho como Messias, o salvador.
O Novo Testamento contém os ensinamentos de Cristo, escritos por seus seguidores. Os principais são os quatro evangelhos ("mensagem", "boa nova"), escritas pelos apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e João. Também inclui os Atos dos Apóstolos (cartas e ensinamentos que foram passados de boca em boca no início da era cristã, com destaque para as cartas de Paulo) e o Apocalipse.
O nascimento do cristianismo se confunde com a história do império romano e com a história do povo judeu. Na sua origem, o cristianismo foi apontado como uma seita surgida do judaísmo e terrivelmente perseguida.
Quando Jesus Cristo nasceu, por volta do ano 4 AC, na pequena cidade de Belém, próxima a Jerusalém, os romanos dominavam a Palestina. Os judeus viviam sob a administração de governadores romanos e, por isso, aspiravam pela chegado do Messias (criam que seria um grande homem de guerra e que governaria politicamente), apontado na Torá (VT)como o enviado que os libertaria da dominação romana.
Até os 30 anos Jesus viveu anônimo em Nazaré, cidade situada no norte do atual Israel. Aos 33 anos seria crucificado em Jerusalém e ressuscitaria três dias depois. Em pouco tempo, aproximadamente três anos, reuniu seguidores (os 12 apóstolos) e percorreu a região pregando sua doutrina e fazendo milagres, como ressuscitar pessoas mortas e curar cegos, logo tornou-se conhecido de todos e grandes multidões o seguiam.
Mas, para as autoridades religiosas judaicas ele era um blasfemo, pois autodenominava-se o Messias. Não tinha aparência e poder para ser o o líder que libertaria a região da dominação romana. Ele apenas pregava paz, amor ao próximo. Para os romanos, era um agitador popular.
Após ser preso e morto, a tendência era de que seus seguidores se dispersassem e seus ensinamentos fossem esquecidos. Ocorreu o contrário. É justamente nesse fato que se assenta a fé cristã. Como haviam antecipado os profetas no Antigo Testamento, Cristo ressuscitou, apareceu a seus apóstolos (Apóstolo quer dizer enviado.) que estavam escondidos e ordenou que se espalhassem pelo mundo pregando sua mensagem de amor, paz, restauração e salvação.

O cristianismo firmou-se como uma religião de origem divina. Seu fundador era o próprio filho de Deus, enviado como salvador e construtor da história junto com o homem. Ser cristão, portanto, seria engajar-se na obra redentora de Cristo, tendo como base a fé em seus ensinamentos.
Rapidamente, a doutrina cristã se espalhou pela região do Mediterrâneo e chegou ao coração do império romano.

A difusão do cristianismo pela Grécia e Ásia Menor foi obra especialmente do apóstolo Paulo, que não era um dos 12 e teria sido chamado para a missão pelo próprio Jesus. As comunidades cristãs se multiplicaram. Surgiram rivalidades. Em Roma, muitos cristãos foram transformados em mártires, comidos por leões em espetáculos no Coliseu, como alvos da ira de imperadores atacados por corrupção e devassidão.
Em 313, o imperador Constantino se converteu ao cristianismo e concedeu liberdade de culto, o que facilitou a expansão da doutrina por todo o império. Antes de Constantino, as reuniões ocorriam em subterrâneos, as famosas catacumbas que até hoje podem ser visitadas em Roma.
O cristianismo, mesmo firmando-se como de origem divina, é, como qualquer religião, praticado por seres humanos com liberdade de pensamento e diferentes formas de pensar.
Desvios de percurso e situações históricas determinaram os rachas que dividiram o cristianismo em várias confissões (as principais são as dos católicos, protestantes e ortodoxos).
O primeiro grande racha veio em 1054, quando o patriarca de Constantinopla, Miguel Keroularios, rompeu com o papa, separando do cristianismo controlado por Roma as igrejas orientais, ditas ortodoxas. Bizâncio e depois Constantinopla (a Istambul de hoje, na Turquia), seria até 1453 a capital do império romano do Oriente, ou Império Bizantino.
O império romano do Ocidente já havia caído muito tempo antes, em 476, marcando o início da Idade Média. E foi justamente na chamada Idade Média, ainda hoje um dos períodos mais obscuros da história, que o cristianismo enfrentou seus maiores desafios, produzindo acertos e erros.
Essa caminhada culminou com o segundo grande racha, a partir de 1517. O teólogo alemão Martinho Lutero, membro da ordem religiosa dos Agostinianos, revoltou-se contra a prática da venda de indulgências e passou a defender a tese de que o homem somente se salva pela fé.
Lutero é excomungado e funda a Igreja Luterana. Não reconhece a autoridade papal, nega o culto aos santos e acaba com a confissão obrigatória e o celibato dos padres e religiosos. Mas mantém os sacramentos do batismo e da eucaristia.
Mais tarde, a chamada Reforma Protestante deu origem a outras inúmeras igrejas cristãs, cada uma com diferentes interpretações de passagens bíblicas ou de ensinamentos de Cristo.Outras levantadas pelo próprio Espírito Santo, dão continuidade aos propósito do Senhor Deus.